"Entremos nesse convento das pobres Claras, tão aflitas e desconsoladas agora que as ameaçam de dissolução como aos frades." (Cap.XXXIX)

A fundação do Convento das Claristas remonta ao reinado de D. Afonso III, em 1259, embora a sua construção se tenha prolongado até cerca de 1270.

Do conjunto resta apenas a Igreja, as outras dependências (celas e claustro) foram demolidas no início deste século.

Ao longo do tempo o Convento sofreu múltiplos acrescentos artísticos de sucessivas fases. As transformações mais importantes ocorreram no período seiscentista e foram motivadas pelos sinais de ruína e pelos novos gostos que ocorreram neste século.

O terramoto de 1755 não perdoou também a casa das Claristas, verificando-se desabamentos em todo o edifício.

Em Abril de 1902 morreu a última freira do Convento, e em cumprimento da lei de 28 de Maio de 1834, que extinguia as ordens religiosas, este foi encerrado. Iniciou-se então um período de total abandono. Foi arrecadação militar, depois veio a pilhagem e o leilão dos bens até à demolição das paredes. Restou apenas a Igreja devido ao protesto popular.