Gros "Napoleão no Campo de Batalha"

Eugène Delacroix  "Autoretrato"

Eugéne Delacroix   "Liberdade conduzindo o povo"

A contribuir para este fenómeno estiveram várias causas. Uma delas foi o progresso das classes mais baixas e o seu quase nivelamento social com a nobreza e o clero. Outra, foi o avanço da técnica indústrial, que tornou possível um enorme aperfeiçoamento da arte de imprimir, o que contribuiu para a vulgarização do livro.

Talvez por o grande público não entender a estética clássica, por ser demasiado académica, ou por o género ter atingido a saturação, os escritores começaram a tentar novos temas e um novo modo de os comunicar.

Assim se criou uma nova escola - ORomantismo

O Romantismo é um movimento intelectual e artístico ocidental. Surgiu no final do século XVIII e manifestou-se tanto na música como na literatura e nas artes plásticas.

As suas primeiras manifestações literárias deram-se em Inglaterra e na Alemanha. Já em pleno século XIX a sua influência chega à França, Itália, Espanha, Portugal e outros países ocidentais.

A principal característica deste movimento é a reacção do sentimento contra a razão predominante no classicismo. Previligia a emotividade e a subjectividade do artísta no processo da criação estética, ao invés do racionalismo e do rigor formal da arte clássica.

Os românticos procuram a todo o custo a evasão, quer no sonho, quer no exotismo, quer num passado sempre idealizado.

O romantismo na literatura toma a forma definitiva na obra de Goethe (Werther, 1774) na Alemanha. Na Grã-Bertanha são Southey e Wordsworth os escritores românticos mais influentes. Um pouco mais tarde, em França, Mme de Stael e Chateaubriand têm como continuadores nomes como Lamartine e Hugo.

A doutrina romântica vai para além de um género literário, ela desempenha um papel importante no desenvolvimento do pensamento e da literatura histórica do século XIX.

Paralelamente ao romantismo literário, o romantismo nas artes plásticas surge como reacção ao neoclassicismo da escola de David. Essa reacção materializa-se nos trabalhos de alguns pintores como Gros e Delacroix.

Na música o romantismo conta, entre os seus elementos mais representativos, com os nomes de Weber, Wagner, Schubert, Schuman, Berlioz, Chopin e Liszt.